20 julho 2003

Pós-aniversário - updated

A cinco meses atrás, após ter ido a uma festa de uma sexagenária, fiz a seguinte pergunta ao ouvir o discurso de sua melhor amiga a 40 anos "Quantas pessoas tem o privilegio de ter um amigo a tanto tempo?". Hoje eu fiz 26, faltam apenas mais 34. Será que vai dar?
Fazemos aniversário, mas muito pouco mudará de um dia para o outro. É o acervo dos dias que contem nossa transformação. O que me toca mesmo nestas datas é que temos uma pequena brecha para dizer para o outro o quanto ele nos é importante na nossa vida. Tem aquele indivíduo que mesmo à distância da um jeitinho, manda um e-mail, um torpedo, uma carta; pode ser um poema de um grande autor, pode ser um parabéns, pode ser um pacote básico de boas vibrações ou uma mensagem nada usual. Ou um telefonema que certas vezes lhe saúda aos gritos, outras timidamente. Tem aquele sorriso que te pega desprevenido na soleira da porta de casa, ou aquele abraço forte e caloroso que pega desprevenido e quase espreme as lágrimas pra fora dos olhos. E tem também o que chega logo estendendo o pacotão para depois perguntar do rango, e o do pacotinho tímido que contem algo preciosamente escolhido. E o afobado que começa a dar parabéns três dias antes, e o desavisado que lhe comprimento com cara de espanto. E o que está todo dia ao seu lado e faz questão de estar mais um, e o que esta longe mas faz de tudo para estar perto.
Enfim, desisti de sonhar com os eternos velhos amigos, aqueles que carrego em minha história. Quem disse que eu preciso fazer 60 anos para saber quanto valem os meus amigos? Aos 26 eu percebi, é preciso ama-los desde já, quero aqueles que compartilham uma história comigo.
Eu agradeço a aqueles que tem feito de mim nos últimos dias, meses ou anos, uma pessoa tão rica, que a vida é feita de maus e bons momentos mas, felizmente ou infelizmente, nada que o tempo não possa resolver...

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