08 julho 2003

A loucura nossa de cada dia: Hábitos alimentares.

 Feijão coado, pizza só de mussarela, intolerância a alimentos da cor verde, rejeição absoluta a frutas, frutas picadinhas, pão de cachorro-quente com banana, panetone com maionese, resistência a frango, "vegetarianos" que só não comem carne de vaca, x-salada sem alface, feijão com doce de abóbora e a lista continua infinitamente por ai. E o pior de tudo é que as pessoas que conheci e tem estes hábitos alimentares já são bem grandinhas...
Em geral os culpados são os pais que em algum momento da vida destes tristes indivíduos se propuseram, por exemplo, a coar o feijão para seus filhos que sofriam de frescurite. Ou talvez, como é meu caso com o yogurte de maçã, uma associação a algum desconforto alimentar.
Pior que as frescurites são aquelas pessoas que nunca sabem o que pedir num restaurante; "Onde você quer comer?", "não sei, onde VOCÊ quer comer?" e depois ficam perguntando o que você vai pedir ou então aguardam com cara de paisagem para então decidirem que querem o mesmo que você sem ao menos saber direito o que estão pedindo, quando a comida chega "mas eu odeio mariscos!", "Isso aqui está horrível, como alguém pode gostar disso?".
Já almoçar com meu pai e minha irmã, não importa onde você vá, eles sempre sabem o que querem comer, eles dão um jeito, "é impossível que aqui não sirva bife com arroz e batata frita" e em ultimo caso há o famoso espaguete a bolonhesa. Nunca entendi porque alguém sai de casa para comer arroz branco com bife e umas batatas murchas. Talvez seja por isso que sempre que como fora tenho a compulsão de pedir o prato mais estranho do lugar, alem do mais, me encanta a cara de horror da minha irmã ao ver-me enfiar umas perninhas de lula ou uma tenra fatia de coelho goela abaixo. Gosto do desafio, logo serei a mulher que comeu de tudo.

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