01 junho 2004

A loucura nossa de cada dia: Enfim, o admirável mundo novo.

Eu ia contar uma historinha de terror mas o céu anda tão azul que vou deixar para quando voltar a chover. Vamos falar de coisas boas. Uma amiga minha decidiu engravidar. Eu estou animadíssima, já que não estou em condições de ser mãe no momento, esse meu lado fica incentivado os amigos. Ainda mais no caso dela. Foi um longo processo para chegar aqui. 29 anos de relacionamentos especulativos, 2 anos de casamento aclimatando, centenas de enxeridos inquisitivos, pânico de gravidez e parto a serem superados e finalmente, depois de meses gestando a idéia, eles resolveram dar entrada no processo. Isso foi em dezembro passado. A primeira idéia era fevereiro, mas tinha o carnaval, depois abril, mas ai surgiu uma viagem para o exterior e as contas ficariam apertadas, falou-se em maio, postergou-se para julho, assim quem sabe calhe com as férias. Agora tenho fé que vai. Só faltam uns detalhes clínicos; exame de sangue, urina, dna, leptospirose, toxicoplasmose, catapora, caxumba, varíola, rubéola, oftálmico e o resto do compendio de patologias. Exame psicológico que é bom, ninguém pede. Mas, aprovada em todos os quesitos, a candidata à mãe pode assinar a requisição em 3 vias, pagar uma pequena taxa ao convênio mais próximo, re-elaborar o orçamento dos próximos 65 meses e está burocraticamente pronta para iniciar o que deveria ser a parte mais divertida do processo. Desde que os tramites e a expectativa de tanto investimento não interfira.
Ah! Os avanços do mundo moderno me fascinam. E pensar que durante milhares de anos fizemos tudo errado!

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